A medalha, que hoje se aconchega nas minhas mãos adultas, é a mesma d'outrora. Nova, brilhante e macia. No reverso, leio os vossos nomes, gravados a ouro. Letra a letra relembro a infância perdida e habito a casa vazia num tempo sem tempo. Desfaço-me em memórias, ofuscadas pelo amarelo brilhante e desmaiadas pelo esquecimento.
A cegueira do passado torna-me lúcida no presente fosco e crava a medalha no meu coração.
O meu amuleto.
Lola e Quim,
Amor sem fim.