quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

(des)fragmentação emocional

Corpo meu que vagueia
Fizeste de mim um dado
E lançaste-me no jogo da vida
Que só tem uma ida
Sim, tu foste um actor
Que encenou sem pudor
Um falso amor
Que agora sinto com dor
A inexistência constante de algo
És tu que fomentas 
Todo o romantismo vivente em mim
Tudo parece poesia
Só que apenas é magia
Flores murchas são atiradas sob o corpo que jaz
Sozinha como nunca a solidão esteve
Porque amar é pelo teu olhar deambular
Porque me deixas assim?
Sem início nem fim
Confusão de emoções
Sinestesias e orações
Amar como se faltasse o ar
Amor com ardor
Páginas de amor serão sempre páginas de dor
E se eu morrer agora
Vais ter desejado essa distância?
Que horror desejar o que é morto
E viver desencantada com o que é vivo
A perfeição e utopia numa só palavra – sonhar
Os instintos são atirados como flechas
Quase como se esquartejassem o próprio sentimento
Quando eu tiver de acontecer
Apenas irei continuar a ver o mar e a sentir a sua brisa
(outra vez)



quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

Quero um Mundo Novo!

Quero um mundo novo, onde haja liberdade, igualdade e fraternidade.
Quero um mundo novo, onde hajam oportunidades iguais para trabalhar a vocação.

Quero um mundo novo, onde não hajam julgamentos nem pressões sociais. 
Quero um mundo novo, onde não haja injustiça, porque "Haver injustiça é como haver morte." (heterónimo Alberto Reis).

Quero um mundo novo de clichés utópicos!
Quero um mundo novo pela verdade e pela liberdade!

Se todos nós temos o lado bom (e com isso podemos construir algo realmente bom), porque nos ludibriamos com o mau?