segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

(des)encanto das palavras

Às vezes, gostava de escrever um ensaio que abordasse todos os problemas do mundo e os resolvesse num ápice. Gostava de escrever uma introdução que se desenvolvesse numa conclusão transformadora. Agora mesmo, gostava que esta frase acabasse com a(s) guerra(s)! 

O tempo é fugaz e repetitivo. Vivemos apressados para morrer; sempre a contar as horas, os minutos, os segundos. Para quê? Esqueçamo-nos do tempo e do dinheiro! A qualidade de vida melhorará consideravelmente.

Eu sei que este textozinho disfuncional não faz muito sentido. Provavelmente, ninguém o irá ler ou alguns e poucos irão dar atenção. Os pouquíssimos que gostarem poderão sentir a mesma frustração das minhas palavras que, brevemente, irão cair no esquecimento. 

As palavras são como o tempo — desaparecem — por isso gostava mesmo que elas tivessem a mesma magia de quando as escrevo, em que o tempo para e os espinhos das rosas caem.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

pIcos

Os picos das árvores esgueiram-se para o céu como se nada as detivesse. Escapam-se como mata agreste e selvagem. Perguntam-se sobre a existência de constelações distantes. Tentam tocar nas nuvens, mas o vento abana-os e sopra-as para longe...

Os picos das árvores traçam linhas horizontais com a leveza do verde esperança que as revestem.

Os picos das árvores confessam às brisas

sonhos

e pedem às estrelas cadentes

desejos.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022