quinta-feira, 25 de abril de 2024

A tão desejada Liberdade!

Hoje, a minha Liberdade resume-se a ter de ir trabalhar para pagar contas. Porém, irei procurar a minha Liberdade interior e festejá-la como se estivesse na rua. Essa é a nossa Liberdade mais possível. A outra ainda nos foge das mãos.

quinta-feira, 28 de março de 2024

a contabilidade do tempo

- Oh minha senhora, estava aqui a admirá-la como aproveita tão bem o seu tempo.

- Pois tem de ser... Já perdi muito tempo.

terça-feira, 12 de março de 2024

Lua Crescente

Lua crescente: a forma como o teu feixe de luz pousa sob a escuridão é como um bailado russo no meio do deserto. A Beleza com que sorris para a escuridão demonstra grande sabedoria, pois tu sabes que para te iluminares toda, tens de crescer e decrescer, passando por todas as fases. Só assim serás inteira.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

domingo, 25 de fevereiro de 2024

esculturas mentais d'areia

Nada é maravilhoso. Nada é terrível. Tudo é medíocre-bom. Tudo é medíocre-mau. As construções mentais é que idealizam o maravilhoso e o terrível, esculpindo formas megalómanas na areia. 

As construções mentais são como esculturas de areia. Quando a areia está molhada, parecem esculturas de pedra, mas basta vir uma onda ou uma tempestade para tudo ficar disforme e destruído. Da mesma forma, quando essas estruturas estão imersas em pensamentos ideais, elas vão parecer robustas e infalíveis. Se as tornarmos imersas, quanto basta, em pensamentos universais ou em não pensamentos, elas vão parecer extremamente frágeis e derrubáveis.

A (des)construção mental das nossas estruturas deriva de um trabalho de escultura. Nós, como escultores, temos de estar preparados para construir e destruir, até chegarmos à nossa melhor escultura possível.

domingo, 18 de fevereiro de 2024

saber olhar para o desértico

Saber olhar para o que está entre o ser e o não ser, que é um tempo e um espaço intermédios e transitórios, é vertiginoso. Se olhamos para baixo, vemos um poço infinito e escuro. Se olhamos para cima, vemos o deslimite e o brilho ofuscante do céu. Tanto no claro como no escuro, a cegueira é permanente.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

odisseias interiores

Para viajar basta existir.
Fernando Pessoa 

Não importa percorrermos muitos quilómetros, nem viajar o mais longe possível. Importa sim, a forma como viajamos. Até podemos ir ao café da esquina e sentirmo-nos no estrangeiro. Viajar com um propósito verdadeiramente pensado e sentido é das viagens mais significativas e longas que algum dia podemos fazer. Podemos viajar poucos quilómetros no exterior, mas muitos quilómetros no nosso interior infinito e onírico.