Hoje, à porta do cinema, esperei por ti. Esperei por ti, por nós e pelo filme. O filme chegou. Chegou a tempo e horas. Aliás, estreou! Ao contrário de ti ou de nós. Tu não chegaste nem a tempo nem a horas. Nem por nós, nem pelo filme. Simplesmente não chegaste. E nunca vais chegar.
Como poderia eu sequer imaginar que ainda poderias chegar?
O intervalo entre o tempo de partida e chegada é deveras o mais longo e delirante de sempre. Chama-se tempo de espera. Um espaço, onde os clichês bailam à flor da pele e, por momentos, fizeram-me acreditar que se chegasses naquele preciso momento, mesmo um segundo antes da sessão começar, serias o homem da minha vida.
A pré desordem de um stress pós-traumático, leva-me por experiência a aconselhar alguém a ponderar colocar um ponto final, especialmente quando há demasiadas vírgulas. Imaginação por vezes poderá ser apenas imaginação, mas uma atitude por mais insignificante que seja trás naturalmente consequências. Mas assim é feita a vida, de encontros e desencontros, pelo que há que respirar fundo e saber esperar...
ResponderEliminarO problema é detetar a melhor pontuação emocional: ponto final ou reticências.
ResponderEliminarÉ uma questão de ritmanálise pessoal também. Ou então um certo prazer mazoquista. Porque reticências são reticências, não a conclusão de nada.
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