tanto enfrentaste,
tanto sonhaste,
para agora jazeres em silêncio.
Defronte do rio que sempre contemplaste,
repousas em paz.
Resta a memória do passado que se alastra ao presente.
Resta o tempo suspenso entre a vida e a morte.
Resta o espaço esvaziado pela ausência.
Resta o que já foi no que ainda é.
Resta tudo ou nada.
A memória:
em holograma ou caleidoscópio,
terei sempre a nítida visão,
de quem foste,
de quem és,
de quem serás.