Quando se lê, se escreve e se pensa sobre literatura, o sono é leve e breve e a vigília é pesada e longa. É impossível deitar todo o peso da cabeça numa balança de penas, sem danos (não) colaterais. A implosão de pensamentos monstruosos contra plumas-pavão anula possíveis rotas de colisão e torna o ócio fantasioso. A espessura versus a transparência neutralizam-se no seu cruzamento, como fantasmas sem alma, a vaguear pelo Quinto Império. A inexistência pela existência empalidece a realidade e reafirma a morte como o eterno descanso; não o sono deambulatório.
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