Nada é maravilhoso. Nada é terrível. Tudo é medíocre-bom. Tudo é medíocre-mau. As construções mentais é que idealizam o maravilhoso e o terrível, esculpindo formas megalómanas na areia.
As construções mentais são como esculturas de areia. Quando a areia está molhada, parecem esculturas de pedra, mas basta vir uma onda ou uma tempestade para tudo ficar disforme e destruído. Da mesma forma, quando essas estruturas estão imersas em pensamentos ideais, elas vão parecer robustas e infalíveis. Se as tornarmos imersas, quanto basta, em pensamentos universais ou em não pensamentos, elas vão parecer extremamente frágeis e derrubáveis.
A (des)construção mental das nossas estruturas deriva de um trabalho de escultura. Nós, como escultores, temos de estar preparados para construir e destruir, até chegarmos à nossa melhor escultura possível.
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