domingo, 2 de junho de 2024

Reflexão sobre o Lago de Engolasters castriano

Ferreira de Castro, Pequenos Mundos e Velhas Civilizações

Sempre que leio este parágrafo, algo em mim transcende; como se eu fosse a eterna protagonista de uma primeira vez, pelo menos assim o sinto. O único sentimento constante é a enorme vontade de viajar até ao lugar de Engolasters. Lugar com L maiúsculo, porque a escrita de Ferreira de Castro assim o determina.

Após releitura deste parágrafo, já com a consciência de que o poderia trazer para este momento ["Uma página de Ferreira de Castro - sessão de leitura", X Encontros Ferreira de Castro], fiz imediata e inconscientemente o paralelismo com a noite de hoje.

Tal como Ferreira de Castro, encontramo-nos hoje diante de um lago metafórico, grande e profundo, ou melhor, o legado castriano. E nós, somos as "estrelas do céu que efectuam idílicas reuniões como esta.". Lago esse, o castriano, que também e felizmente tem "mais astros", mais estrelas, mais pessoas, a cada noite que passa. Com isto, vamos descobrindo também "novas constelações, novos agrupamentos em êxtase", pela sua sincronicidade abismal entre o passado e o presente, e que nos une a Ferreira de Castro, ressignificando as suas palavras.

Hoje [31/05/2024], não tenho dúvidas de que sempre que cada um de nós lê Ferreira de Castro, há algo em nós que mexe ou que se inverte ou que sente a inversão do cosmos, tal como ele sentiu no Lago de Engolasters.


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