Expôr qualquer tipo de Arte é trazer espectros interiores dos escombros à tona, até que sucumbam ao escárnio do ridículo. É arrancar o coração e, de mãos ensanguentadas, mostrar ao Mundo veias, ventrículos, artérias, aortas. É inspirar todo o ar puro e expirar gritos de desespero. É despertar para o tumulto da vida e, depois, perecer num sono profundo. É um ato de sobrevivência ou de demência, acompanhado de uma sonata de coragem. É e sempre será tudo ou nada, porque toda a Arte, tal como a vida, tem um princípio, meio e fim.
quarta-feira, 15 de setembro de 2021
quinta-feira, 2 de setembro de 2021
(re)conexão
Existem momentos de (re)conexão com a vida exterior que abrem alas para a luz da clarividência interior. Esses momentos sentidos, apreendidos e aprofundados no corpo e na alma funcionam como motor de busca, transformando o simples facto de estar sentada na relva a ver o pôr-do-sol (aqui e agora), o suficiente para perceber a ínfima felicidade e apaziguamento que sinto. A terra abraça-me carinhosamente e sussurra-me suspiros de brisa. Sei que futuras intempéries virão e que tudo é efémero, mas, enquanto eu durar, irei ser a heroína da minha ventura.
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