O Alentejo é uma planície ao pôr-do-sol. O seu corpo sensual pousa levemente nas oliveiras, como uma pena de mel. Os ventos abanam os seus ramos e, com eles, dançam um slow na vacuidade da existência. Dançam, sorriem e brincam. Escondem-se num jogo carnavalesco e desigual. Escondem-se sempre. São velozes demais para serem apanhados. Como se corressem atrás da felicidade que, também, se esconde e nunca se descobre. Mascara-se nas entrelinhas da vida e nas intermitências da morte. Transmuta-se em raios de luz efémera que nos cegam e nos deixam desamparados nos fossos perenes do nosso âmago.
Que gáudio de viagem, é como se sentir e ver sem lá estar...lindo e sonhador como acontece mesmo quando se está. Beijinhos
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